Historial

Banda Musical de Fajões

A Banda Musical de Fajões (Oliveira de Azeméis) é uma coletividade cultural, recreativa e artística, reconhecida como Associação de Utilidade Pública, cuja fundação remonta a 11 de junho de 1926, sob a denominação de “Tuna Invicta de Fajões”, e com existência legal desde 10 de março de 1953 por Alvará n.º 20 do Governo Civil de Aveiro.

Das suas atribuições destacam-se a promoção e participação em festas, saraus, concertos, masterclass, diversões e tudo mais que possa recriar e instruir. Neste sentido, a banda musical tem atuado em diversos pontos do país, com filarmónicas de grande relevo nacional, bem como prestado homenagem a diversas entidades públicas e privadas.

Nos últimos anos esta coletividade tem levado a cabo um esforço significativo no sentido de promover o seu corpo musical, resultado de uma reestruturação profunda da sua escola de música, permitindo, desta forma, atingir um valor artístico de grande destaque no meio filarmónico nacional.

O seu corpo musical, com cerca de 75 elementos, é constituído, em grande parte, por músicos formados na sua escola e, em complemento destes, por músicos de enorme projeção nacional e internacional, atuando profissionalmente nas mais importantes orquestras portuguesas.

Nas últimas décadas, épocas de maior ascensão da coletividade em termos artísticos, a banda esteve sob a direção dos maestros Américo Nunes e António Moreira Jorge e, desde 2009, do maestro Bruno Costa.

Em 1999 foi publicado o livro “A Banda Musical de Fajões na sua história local e regional”, pelo escritor e historiador Dr. Samuel de Bastos Oliveira, tendo, 2 anos mais tarde, surgido o primeiro CD desta coletividade intitulado “Carnaval de Veneza”.

Em 2008, no seguimento de uma eletrizante atuação no Europarque em Santa Maria da Feira, com intervenção do trompetista Jorge Almeida (solista da Orquestra Sinfónica Portuguesa e, à época, membro do elenco da nossa banda musical), surge novo CD.

Em outubro de 2010 esta coletividade assinala a sua primeira internacionalização na cidade de Lucé (França), conquistando honrosas críticas artísticas dos jornais locais.

Entre janeiro e março de 2011, por iniciativa do diretor artístico, surge a 1ª edição do Musicalidades®, evento criado com a missão de proceder à descentralização cultural e proporcionar cultura e arte a uma população que geralmente não dispõe deste tipo de eventos. Esta edição do Musicalidades® foi registada em DVD, possibilitando, desta forma, re(vi)ver 6 concertos de grande qualidade nos quais participaram músicos de relevo nacional e internacional.

Em 2012, a banda musical gravou um CD duplo, intitulado “7 Maravilhas”, cuja apresentação decorreu em julho no Cineteatro Caracas (Oliveira de Azeméis), num magnífico espetáculo de música e multimédia inserido no IV Festival de Bandas “Oliveira Filarmónica”. Este trabalho engloba obras do seu repertório habitual, assim como temas inéditos, algumas estreias nacionais e mesmo uma estreia mundial: “El Motivo” do compositor português Nuno Osório.

Dando sequência ao projeto iniciado em 2011, decorreu, entre setembro e outubro de 2013, a 2ª edição do Festival Musicalidades®, no qual, durante 3 semanas, em Fajões, atuaram diversos nomes de relevo da música erudita nacional e internacional.

Em 2014, na sua primeira participação num concurso de bandas, teve a ousadia de concorrer ao nível artístico mais elevado (1ª categoria) no 5º Concurso Internacional de Bandas do Ateneu Artístico Vilafranquense, arrecadando um honroso 3º lugar, de entre um total de 33 bandas participantes.

No mesmo ano, como corolário de todo o trabalho desenvolvido, a Banda Musical de Fajões foi convidada a participar nas Ferias y Fiestas en honor a Santa María de la Vega, festas principais da cidade de Salamanca (Espanha), encantando os presentes e a comunicação social local pelo concerto realizado na Plaza Mayor.

Em 2016, ano da comemoração do seu nonagésimo aniversário, foram quatro os marcos que a coletividade viu gravados no seu historial: apresentou a sua nova obra discográfica, intitulada “Em Conquista”, sendo considerada, unanimemente, uma obra de referência no panorama filarmónico nacional; repetiu a presença no Concurso Internacional de Bandas do Ateneu Artístico Vilafranquense (6ª edição), arrecadando dois troféus, o 2º lugar na 1ª categoria e também o Prémio Tauromaquia para melhor interpretação de um Pasodoble; participou no X Festival Hispano-Luso de Bandas de Música y Ensembles de Viento realizado em Zamora (Espanha); e, em novembro, arrecadou o 2º lugar no III Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga bem como o prémio Batuta de Prata para melhor maestro.

Em 2017, para além das suas atividades habituais, a banda musical gravou nova obra discográfica, num CD exclusivamente dedicado ao Fado, com solos pela trompete de Jorge Almeida. Ainda nesse ano, participou no IV Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga tendo arrecadado o 3º lugar de entre as 15 bandas participantes.

Em 2019, a coletividade promoveu um espetáculo para banda e coro com mais de 100 elementos, em homenagem ao compositor espanhol Óscar Navarro, momento que ficou registado em DVD. No mesmo ano, volta a participar no Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga, na sua VI edição, sendo das bandas mais premiadas, conquistando três troféus: o 1º lugar no prémio “São João de Braga”, o 2º lugar no prémio “Município de Braga” e ainda o prémio Batuta de Prata para melhor maestro.

No seu primeiro grande evento pós-pandemia, participou, em fevereiro de 2022, no Festival Antena 2 realizado no Teatro Nacional São João, no Porto, tendo sido a primeira banda civil selecionada pela estação pública de rádio para integrar a programação deste importante evento nacional.

Em abril de 2022, esgotou a Sala Suggia da Casa da Música, no Porto, num espetáculo musical de beleza ímpar com as participações especiais dos cantores Sofia Escobar e Fernando Fernandes (FF). Em junho do mesmo ano realizou concerto, em Oliveira de Azeméis, com a participação do grupo a cappella Vozes da Rádio.

Em novembro de 2022, volta ao Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga para arrecadar todos os prémios mais relevantes da VIII edição, conquistando três troféus: o 1º lugar no prémio “São João de Braga”, o 1º lugar no prémio “Município de Braga” e ainda o prémio Batuta de Prata para melhor maestro.

Graças a muito trabalho e dedicação, ao longo de quase um século, a banda resistiu a algumas adversidades e tem-se mantido com um nível artístico elevado, dignificando, assim, a freguesia de Fajões e o concelho de Oliveira de Azeméis.